quarta-feira, 6 de novembro de 2013
Meninas...
E só ela sabia como se sentia.. hora estava em completo estágio de depressão, aquele que não à deixava levantar da cama, que à fazia chorar sem caos, sem causa... ela não pensava em razões plausíveis para existir, se sufocava em meio a tanta confusão. Mas pela manhã quando a água de todo teu corpo já tinha escorrido, ela esquecia o motivo do pranto e se sentia idiota, ela sorria... começava a não dar a menor importância aos problemas, achava uma solução pra todos, uma paz invadia tua mente e fazia seus planos, dançava em silêncio, toda desconjuntada... como quando era criança e passava um dia inteiro deitada, por causa de uma gripe, e no fim da tarde, achava que já estava melhor e começava a pular e brincar... mas a dor voltava sem dó e sem demora, maior que antes e ela nunca sabia o que fazer... assim ela se sentia após surtos de felicidade e logo se sentava, o lugar nem sempre importava, só queria que aquilo passasse, ela começava a pensar indiscriminadamente até que não via motivos pra ser feliz e se fechava num canto qualquer, se exprimia, com uma tentativa inválida de fazer a dor passar, se calava, com um sorriso frouxo no rosto que logo murchava... seu coração palpitava em ritmo acelerado, tentando sair por alguma brecha, pois ela o fazia pensar que já não batia... que besteira, mal sabia ele, que coração não pensa... ela sentia uma sensação de desespero, como um afogamento no seco... mas não adiantava se debater, então ela soluçava baixinho, e esperava, só não sabia exatamente o que... seus problemas passavam na sua mente, mas só havia um problema, ela não tinha conhecimento deles, nem sabia pelo que sofria... e mais uma vez, ela não sabia o que fazer, mas queria, na verdade, correr e gritar, tirar dela tudo que à prendia nesse mundo, e sei lá, talvez voar. Não havia ninguém que a dissesse que isso um dia passaria, um dia... um mês. Ela só precisava que a deixassem, pois ela se sentia tão só, tão só de estar só, tão só dela mesma. Um dia ela aprenderia que a dor não sai pelos olhos, nem escorre pelos pulsos... ela apenas se levanta e vai, mas no seu tempo. Não adiantaria empurrar, arrancar, esperneiar, porque o que é teu, sempre volta... volta até deixar de ser, até deixar. Burra menina, tão rica de vida, tão pobre de vida, tão ela mesma...
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