Bem... alguns erros são evitáveis, porém, cometidos... alguns tem volta, outros, apenas se apagam... às vezes, temos a chance de voltar atrás, antes... antes que tudo acabe, antes que tudo morra, antes... e às vezes, não. Nem sempre percebem que não queríamos ter errado... ninguém entende, ninguém vê. Na vida, você não pode ser, você não pode, não pode amar, nem pensar em sorrir, e nem por descuido viver... Não devo acreditar que vá ler até o final... nem que se importe com essas palavras... mas um dia, aprendi que ninguém perde por ir até o fim.
Achei que nunca acabaria... achei que sempre estaria aqui... não está, nunca esteve. Te procurei, em cada pedaço de mundo dentro de mim... não vi quando chegou, mas pude assistir cada segundo da sua partida... não pensei que fosse sentir tanta falta de alguém. A sua ausência me fez perceber o quanto sou sua... nunca quis ser, mas sempre fui... te observava de longe, nunca notou. E todas as vezes que disse ir embora... fui. Fui embora pra dentro de você, e escondida fiquei, escondendo a dor. Deixei de cuidar, deixei partir, esqueci de me despedir... não podia me despedir. Nunca quis que fosse. Mas foi... não devia. Nunca.
Demonstrar... nunca deixei transparecer um sentimento... nem uma dor... nem um pedaço de amor. Quis... mas não pude. E tudo guardado, querendo transbordar por qualquer lado. Me deu vida, e nem sabe... sempre confusas, as minhas maneiras de pensar em você são tortas. Difíceis de dizer...
Tropeçar... cair. Sorrir e dançar. Ainda no chão ficar. Deitar e recomeçar... já que pro chão foi, no chão dormir. O sono te venceu... se rendeu. Acordou e decidiu levantar... levantou. E aquela angústia de querer e não ter... nunca quis, nunca pôde se vencer. E o que fazemos da angústia? Levamos para longe, para um lugar dentro de nós... um lugar que não frequentamos. Mas que fique protegida, por mais indesejada que seja, nunca foi... deveria ser... não é.
O que é pra ser, não é. Não deve ser, não será... sempre foi. Quis ser. É. Todo aquele choro, contido em uma bolha... desdobrável. Se molhou. Como se pôde molhar... como deveria se encharcar. Caiu... escorreu. Mas logo retomou ao seu estado, úmido. Incabível em dois olhos.
Talvez você seja tudo... o motivo dessa confusão, talvez não. Sempre foi. Nada que aconteceu, tinha que ser. Sua falta é incansável. É evidente. O que foi... nunca mais será. Nunca quis que fosse. Fiz tudo acabar. Talvez não tenha acabado. Poderia fugir, tentar fugir... esquecer. Deixar voar, voou. Não poderia cair... caiu. Quis cair... se deixou despencar... volta. Vem... amar, eu amei... amo e amaria por mais mil anos. Nunca quis, mas sou sua. Fica. Não sei se deveria pedir que esqueça. Não sei explicar a falta que me faz. Eu amo você, como não deveria amar. Não quis te perder... sempre te quis aqui, bem perto. Porque você é mais, você é bem mais. Eu esperei... cada segundo. Eu não sei como seria uma vida sem você. Eu esperaria por mais mil anos. E te tenho em cada pensamento... Eu amo você, e me arrependo por cada vez que te perdi, e por cada dia sem você... desculpe. Você foi o meu mais distante sonho. Minha maior viagem sem rumo. E à cada silêncio meu, é a intensidade do que sinto... querendo me explodir. Fica comigo, por um dia ou uma eternidade... talvez o eterno não exista, e não queria correr o risco de tentar viver o inexistente com você... então, fica até amanhã, depois... e algumas semanas a mais... até onde der. E onde estiver, estarei pensando em você, como tentei evitar por muito tempo... até perceber que estando com, estaria bem. Despertei tarde demais e não quero voltar a dormir.
Saiba que não sofreu só... o quanto me amou, te amei em dobro, e senti sua falta todos os dias, e torci pra que tudo desse certo, todas as vezes que vi você sorrir... e precisei de você como nunca precisei de alguém.
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
Meninas...
E só ela sabia como se sentia.. hora estava em completo estágio de depressão, aquele que não à deixava levantar da cama, que à fazia chorar sem caos, sem causa... ela não pensava em razões plausíveis para existir, se sufocava em meio a tanta confusão. Mas pela manhã quando a água de todo teu corpo já tinha escorrido, ela esquecia o motivo do pranto e se sentia idiota, ela sorria... começava a não dar a menor importância aos problemas, achava uma solução pra todos, uma paz invadia tua mente e fazia seus planos, dançava em silêncio, toda desconjuntada... como quando era criança e passava um dia inteiro deitada, por causa de uma gripe, e no fim da tarde, achava que já estava melhor e começava a pular e brincar... mas a dor voltava sem dó e sem demora, maior que antes e ela nunca sabia o que fazer... assim ela se sentia após surtos de felicidade e logo se sentava, o lugar nem sempre importava, só queria que aquilo passasse, ela começava a pensar indiscriminadamente até que não via motivos pra ser feliz e se fechava num canto qualquer, se exprimia, com uma tentativa inválida de fazer a dor passar, se calava, com um sorriso frouxo no rosto que logo murchava... seu coração palpitava em ritmo acelerado, tentando sair por alguma brecha, pois ela o fazia pensar que já não batia... que besteira, mal sabia ele, que coração não pensa... ela sentia uma sensação de desespero, como um afogamento no seco... mas não adiantava se debater, então ela soluçava baixinho, e esperava, só não sabia exatamente o que... seus problemas passavam na sua mente, mas só havia um problema, ela não tinha conhecimento deles, nem sabia pelo que sofria... e mais uma vez, ela não sabia o que fazer, mas queria, na verdade, correr e gritar, tirar dela tudo que à prendia nesse mundo, e sei lá, talvez voar. Não havia ninguém que a dissesse que isso um dia passaria, um dia... um mês. Ela só precisava que a deixassem, pois ela se sentia tão só, tão só de estar só, tão só dela mesma. Um dia ela aprenderia que a dor não sai pelos olhos, nem escorre pelos pulsos... ela apenas se levanta e vai, mas no seu tempo. Não adiantaria empurrar, arrancar, esperneiar, porque o que é teu, sempre volta... volta até deixar de ser, até deixar. Burra menina, tão rica de vida, tão pobre de vida, tão ela mesma...